terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fotos Caxambu a São Tomé das Letras

Saímos de Caxambu lá pelas 15h, o sol estalando, em direção a Cruzília para, de lá, pegar a estrada para São Tomé.
Alguns km antes de chegar em Cruzília, vi uma placa à esquerda indicando São Tomé. Tiago também viu. Voltamos.
Como motoqueiro é louco por atalho (hehehe... ), entramos pelo atalho, confirmamos com a primeira pessoa que vimos se o caminho era bom e fomos embora. "O ônibus sempre passa por aqui.." Bom, se o ônibus passa, a gente também...
E não é que tivemos a maior boa surpresa uns 5 ou 10 km à frente? Um marco da Estrada Real! Sem querer, mas querendo, pegamos um trecho da estrada que estávamos procurando seguir ao máximo...

Uma paradinha pra conferir o marco, tirar umas fotos, e vamos em frente...
Nada melhor que acertar sem querer... hehehe...
O caso é que nem todos os trechos da ER são sinalizados (pelo menos neste trecho). Então não tínhamos certeza onde estava a Estrada, ou onde ela deixava a estrada asfaltada...
Faltou na mão um guia mais detalhado...
Espero conseguir para a próxima (até Diamantina. Vamos juntos?)

Mais alguns km à frente, uma bifurcação.
A placa indicava: Cruzília pra direita e Fernão Dias, em frente.
E agora? Que lugar é esse, Fernão Dias? Qual a direção de São Tomé? (Se você olhar a placa com cuidado, verá a propaganda da Pousada do ET...)
Bom, se eu tivesse dado uma boa olhada no mapa, veria que Fernão Dias é a rodovia que vai de SP a BH, passando por Varginha... hahaha...
E que passa por trás de São Tomé (do nosso ponto de vista).

Tiago achava que devíamos ir em frente, mas eu achei que, na dúvida, deveria seguir o trecho da Estrada Real. Se tivéssemos que voltar, não seria de todo perdido.
E tivemos que voltar, mesmo... Um fazendeiro que passava em seu trator me fez admitir que a intuição do Tiago estava certa.
Mas só desta vez...
Interessante é a diferente visão que se tem olhando o mapa (incluindo Google maps) e a realidade. Existem mil e uma estradinhas, morros, localidades, relevo, que o mapa não registra.
Mesmo com o mapa a gente fica, às vezes, na maior dúvida, sem saber aonde ir. Erro involuntário ou preguiça do pessoal que fez o mapa? Sabe lá...
A estrada de Guaratinguetá a Cruzeiro é outro caso. Nos guias da 4 Rodas, tem-se a impressão que existe uma estrada que liga direto estas cidades. Num mapa regional, mais detalhado, isto não existe. Vá lá confiar cegamente no que dizem os guias...
Mas fora os erros, é muito interessante imaginar o lugar só com o mapa e depois conferir pessoalmente.
Algo como conhecer uma pessoa pela Internet, depois por telefone e, muito tempo depois, conhecer "face to face"... Ainda bem que a gente não cai na tentação de casar com a paisagem... hahaha...

E esta foto? Saudade do Paraná?
Nada... Esta paisagem é tão mineira quanto pão de queijo...
Tirei no caminho a São Tomé...
Depois, lá em Paraty, que o guia Oscar explicou que a araucária é mata típica de planalto. O que acontece é que na maioria dos lugares, ela quase foi inteiramente retirada por causa da madeira...
Lembrei que em Friburgo, RJ, tem bastante araucária... hmmm...
Nessa hora, bateu até uma saudade da terrinha...
Mas foi só lembrar que o noticiário do tempo relatava o maior frio e chuvas no PR, que a saudade passou rapidinho... hehehe...

Depois de uma hora e meia na estradinha de terra, cheio de costelas (aqueles buracos transversais que fazem a moto tremer toda e a corrente bater feito doida...), depois de passar pela Pousada da Bruxa e outros lugares "muito estranhos" (como diz o Tiago), quase chegando em São Tomé, começamos a subir o morro onde está a cidade e chegamos perto da Cachoeira do Complexo da Eubiose (não me pergunte o que quer dizer este nome...).
Infelizmente não tivemos tempo de visitar (400 m, com mochila e roupa pesadas, it's not easy... mais uma visita que ficou agendada pra uma próxima viagem...), mas o pessoal que estava no bar, em frente, já confirmou que realmente estávamos chegando em São Tomé. Um "oi, pessoal!" foi prontamente e amigavelmente respondido. Quem vem de cidade grande até estranha...
Um garoto de SP veio conversar conosco pra saber da nossa viagem de moto e batemos bom papo. Tratamos conversar melhor em São Tomé, até nos encontramos lá de passagem, mas infelizmente não como gostaria. Ele realmente parecia boa gente.
Fico pensando quantas excelentes amizades a gente perde por não dedicar um pouco mais de tempo para conversar... E eu não peguei nem o nome/dele...

Subindo o morro, muitas curvas, muita subida...
Mais curvas e subidas... e chegamos à cidade.
Com seu característico pavimento de pedras irregulares, típico das cidades históricas...
Fomos procurar o hotel que o PM Cleyton nos indicou em São Lourenço (Ouro Verde), mas ninguém conhecia. Por indicação, fomos até a Pousada São Thomé (veja só...), bem na praça da matriz.
Preço bom, acomodações razoáveis, resolvemos ficar...

..bem a tempo de ver um belíssimo pôr-de-sol, cortesia da casa...

Um bom banho, e estávamos prontos pra dar uma volta na cidade, ir até o mirante, fazer um lanche, procurar uma lã rauz, comprar umas lembrancinhas... e um santo Hipoglós genérico na farmácia...
As fotos de São Tomé ficam pro próximo.
Até.

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